Avaliação da eficiência dos métodos de quebra de dormência em sementes de Raphia australis

Abstract

A Raphia australis é uma espécie de ocorrência rara em Moçambique, apresentando uma grande importância para o equilíbrio ecológico, contudo, tem tido um ciclo longo da dormência, que afecta a sua germinação decorendo de forma muito lenta. O presente trabalho teve como principal objectivo, avaliar a eficiência dos diferentes métodos de quebra de dormência na semente de Raphia australis. O ensaio foi conduzido no laboratório e no viveiro florestal do Centro de Investigacao Florestal (CIF) do IIAM no distrito de Marracuene. Usou-se um delineamento inteiramente casualizado (DIC) com sete (7) tratamentos e três (3) repetições com 20 sementes por repetição, e assim cada tratamento teve 60 sementes e um total de 420 sementes para todo o experimento. Foram avaliadas a percentagem de germinação, índice de velocidade de germinação, tempo médio de germinação por cada tratamento. Os resultados foram analisados no minitab versão 18, sendo assim submetidas ao teste de Shapiro-Wilk para o apuramento da homogeneidade da variância e normalidade dos dados respectivamente e em seguida efectuou-se a análise de variância e o teste de tukey para observar diferença entre as médias. Nas análises realizadas constatou-se que os tratamentos T3 (Sementes cobertas ao solo) e T4 (Escarificação de sementes em ácido sulfúrico por 30 minutos seguido da lavagem) não se diferenciaram estatisticamente e foram superiores aos restantes tratamentos respectivamente, T1 (Sementes intactas), T2 (Remoção da casca e embebição da semente em água fria a 250C por 24h), T5 (Escarificação e criar uma abertura das sementes sem casca e embebição em água quente a 80ª por 3 minutos) ,T6 (Escarificação de sementes em ácido sulfúrico por 3 minutos) ,T7 (Aplicação do adubo orgânico MPF) quanto a percentagem de germinação e índice de velocidade de germinação. Os resultados dos tratamentos T1(0.23%), T2(0.47%), T5(0%), T6(0.47%), e T7 (0%) proporcionaram menor germinação de sementes em relação aos tratamentos, T3(2.85%) e T4(1.42%), destacando principalmente o T3 que observou o maior número de sementes germinadas.