PLANEAMENTO ESTRATÉGICO NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA: UM ESTUDO BASEADO NAS PERCEPÇÕES DOS FUNCIONÁRIOS DA DELEGAÇÃO DA AUTORIDADE TRIBUTARIA EM CHÓKWÈ NUM PERIODO (2021-2023).

Abstract

O planeamento é a primeira das funções básicas da administração servindo de base para as demais funções. Esta pesquisa teve como objectivo avaliar as percepções dos funcionários da a delegação da Autoridade Tributaria em Chókwè, relativamente às práticas de planeamento estratégico adoptadas naquela instituição pública. Metodologicamente a pesquisa se caracteriza como um estudo de abordagem quantitativa combinada com a pesquisa descritiva, obedecendo em seus procedimentos de colecta de dados o inquérito por questionário e para o processamento de dados o Excel e o sistema SPSS para a análise de dados. Os resultados apontam que 56% dos colaboradores afirmam estar cientes de existência do planeamento estratégico. No entanto, 40% mostraram-se incertos, apontando para possíveis lacunas na comunicação interna. A avaliação realizada sugere a necessidade de fortalecer os canais de comunicação, incluindo sessões de esclarecimento e workshops, para garantir total alinhamento com os objetivos estratégicos. Quanto às estratégias de planeamento, 90% dos funcionários acreditam que a abordagem adotada é holística e abrangente (Opção F), enquanto apenas 10% escolhem a Opção A, indicando que estratégias específicas para gerenciar riscos podem ser percebidas como menos proeminentes. Isso sugere uma abordagem adaptativa e integradora no planeamento estratégico, alinhada com a gestão estratégica. Quanto a participação no processo de planeamento estratégico, 80% afirmam participar sempre, refletindo um forte envolvimento, mas 20% participam ocasionalmente, destacando áreas para investigação e remoção de possíveis barreiras. No que se refere à frequência do planeamento, 60% indicam uma prática anual, alinhada com muitas organizações. A diversidade nas respostas destaca a necessidade de adaptar a frequência às características específicas da instituição. Sobre a eficiência das estratégias, a maioria, 60% acredita que o processo é eficiente, enquanto 20% consideram-no sempre eficiente. No entanto, 10% veem eficiência apenas às vezes, indicando áreas potenciais para melhorias ou ajustes. Relativamente aos indicadores estratégicos, os resultados revelam destaques positivos em áreas como Taxa de Cumprimento Tributário, Eficiência Operacional e Índice de Satisfação do Contribuinte, sugerindo uma ampla aplicação de indicadores estratégicos na instituição. No entanto, há desafios na comunicação interna e oportunidades de melhoria, especialmente em áreas como inovação tecnológica. com esta pesquisa espera-se que possa despertar novos estudos e desenvolva-se mais pesquisas do género para explicação efectiva sobre o impacto do planeamento estratégico na administração pública.