APROVEITAMENTO DO POTENCIAL ENERGETICO DOS RESIDUOS DA CASCA DE COCO (Cocos nuciferas L.) PARA PRODUÇÃO DE BRIQUETES

Abstract

busca por fontes energéticas renováveis tem aumentado diariamente, devido a crescente preocupação com o meio ambiente e o esgotamento dos recursos naturais. Neste contexto o mundo esta em busca de novas fontes alternativas, o que justifica a causa deste estudo que tem como em avaliar o aproveitamento do potencial energético dos resíduos da casca de coco em forma de produção de briquetes, como forma de valorização desta biomassa, sendo que a dispersão do mesmo provoca vários problemas de poluição ambiental. A incrementação desta energia renovável visa responder a vasta demanda energética no país, desta forma evitando os problemas de desmatamento e pressão sobre as florestas, assim promovendo o combate contra as mudanças climáticas. Desta forma consistiu nas análises físicas, químicas e energéticos desta biomassa, do modo a intender quais são os factores que afectam e influenciam no desempenho energéticos do mesmo. O presente estudo foi realizado no distrito de Chókwe concretamente no campus do Instituto Superior Politécnico de Gaza. A experimentação foi conduzido por meio de delineamento em blocos causalizados, com dois blocos a secagem combinada (secagem em estufa convencional e ar livre), três tratamentos a granulometria, tamanhos de partículas compreendidas entre (1; 2 e de 4,75 milímetros) e três repetições para cada tratamentos. A biomassa residual passou pelo processo de carbonização incompleta, e de seguida triturada manualmente por meio de um pilão e almofariz, e posteriormente separadas em forma de crivagem para obtenção de diferentes granulometrias. Os briquetes foram produzidos por meio de uma briquetadeira manual, aplicada a uma força de 143 kgf.cm2. Após a produção as amostras foram submetidas a secagem, no período de 72h e posteriormente levados ao laboratório para análises físicos químicos e energético. Verificou-se que os valores médios de teor de humidade variam entre 16 a 19% para briquetes secos em ar livre e de 21 a 36% para os briquetes secados em estufa. Perante a análise imediata obteve-se resultados que variaram de 4,1% a 25,5% de cinzas, de 70% a 82% do material volátil e 3,2 a 17,9% de carbono fixo para as amostras dos briquetes. Os briquetes com maiores partículas apresentaram os melhores resultados do poder calorífico superior e inferior em relação a outras, com valores de 14,9mj/kg, 13,5mj/kg e 15,38mj/kg, 13,9mj/kg para briquetes secados em estufa e ar livre respectivamente. Quanto a densidade aparente os briquetes apresentaram valores que variavam de 0,97g/ a 1,06 g/ , sobre as diferentes granulometria e secagem, estes valores condicionaram uma alta densidade energética que variou de 7,777 a 15,794 . Perante o teste da comparação a 5% de significância as medias não diferiram entre si estatisticamente. Em suma, para o maior aproveitamento energético recomenda-se a secagem dos briquetes em ar livre e o uso de partículas maiores que 4mm para a produção dos briquetes, e o uso de briquetes como fonte de energia, pois este combustível apresenta varias vantagens e pode ser usado para substituir as outras fontes de energia que está ficando cada vez mais escasso.