Desempenho Fisiológico de Sementes de Variedades de Soja (Glycine max) em Resposta ao Estresse Salino na Fase Germinativa

Abstract

A soja é um dos grãos oleaginosos mais produzidos e consumidos no mundo, dada a sua elevada produção de proteína e multiplicidade de produtos. Quando produzida em condições de estresse salino, a perniciosidade na semente é um vector de mudanças no metabolismo, aligeirando significativamente a germinação e crescimento das plântulas. Este trabalho teve como objectivo avaliar o desempenho fisiológico de sementes de variedades de soja submetidas ao estresse salino durante a fase germinativa. Foram conduzidos dois experimentos semelhantes no Laboratório Regional Sul de Sementes entre os meses de Fevereiro e Março de 2023. Usou-se o Delineamento Inteiramente Casualizado, em esquema factorial 3 x 4, com 3 repetições nos dois experimentos. Os tratamentos consistiram na combinação das três variedades (GMZ-VAVA, Ocephara-4 e BRS 257) e três níveis de salinidade (0, 5 e 10 dS/ m), perfazendo nove tratamentos, os quais foram mantidos em uma câmara de germinação em uma temperatura constante de 25°C por 8 dias. Foram avaliados os seguintes parâmetros: Germinação Total, Primeira Contagem de Germinação, Comprimento da Parte Aérea e do Sistema Radicular, Massa Seca da Parte Aérea sem os Cotilédones, dos Cotilédones e do Sistema Radicular, Percentagens de Plântulas Normais, Percentagem de Sementes Mortas e Índice de Tolerância à Salinidade. Os dados foram submetidos à Análise de Variância à um nível de significância de 5%, para verificação do efeito do estresse, seguido da comparação das médias pelo teste de Tukey, para casos de efeitos significativos. O estudo concluiu que os níveis do estresse salino afectaram o desempenho fisiológico das variedades testadas e a variedade BRS-257 apresentou tolerância ao estresse, podendo ser uma alternativa para regiões com solos salinos.