Eficiência do extrato aquoso de Aloé Vera (Aloé barbadensis Miller) como cicatrizante das úlceras em tilápia nilótica (Oreochromis nilóticos)

Abstract

A exploração dos produtos naturais para o tratamento de doenças em pisciculturas torna-se necessário, pois o mercado está cada vez mais exigente em relação à qualidade e sustentabilidade do produto final que chega ao consumidor comparativamente aos químicos devido ao seu efeito cancerígeno. O trabalho consistiu no estudo da eficiência do extrato aquoso de Aloé Vera (Aloé barbadensis Miller) como cicatrizante das úlceras em tilápia nilótica (Oreochromis nilóticos). O estudo foi implementado no laboratório do ISPG num período de 14 dias, tendo início no dia 9 de abril de 2021, onde foram usadas 9 unidades experimentais com capacidade de 10 l de água. Foi usado o delineamento completamente causalizado (DCC) em Análise de Variância com 2 tratamentos e 1 controlo (T1-200mg/10 l do extrato aquoso de aloé vera, T2-100mg/10 l do extrato aquoso de aloé vera e T3- controlo sem extrato aquoso de aloé vera com 3 repetições para cada tratamento. Foram povoados 45 alevinos no total, e em cada bacia foram colocados 5 alevinos. Estes, foram submetidos a banhos com extrato aquoso de aloé vera durante 14 dias e estes eram alimentados numa frequência de duas vezes por dia com uma ração comercial. As análises histológicas de brânquias, pele e dos músculos, assim como foi feita análise de cicatrização das úlceras na Faculdade Veterinária da Universidade Eduardo Mondlane (UEM), Maputo. Como resultados obtidos, em 14 dias, o tratamento que teve melhor eficiência cicatrizante das úlceras em peixes tilapia nilótica foi o 2o Tratamento 100 ml/10L este teve 100% de cicatrização das úlceras em todo efetivo, e uma actividade de natação ou movimentação de 98.9%, absorção do alimento também foi satisfatória, e seguida o 1o Tratamento (T1) (200 ml/10l) teve apenas 70% de cicatrização das úlceras, e o 3o Tratamento (T3) (sem extrato aquoso de aloé vera) obteve-se 25% peixes cicatrizados.