Ajuste de modelos para estimativa de volume e determinação de factor de forma comercial de Brachystegia spiciformis (Messassa) na Concessão da empresa LevasFlor

Abstract

A quantificação da madeira em floresta nativa é de extrema importância no planeamento e uso da madeira pois exige métodos eficientes de estimativas do volume sendo assim possível quantificar o estoque presente de maneira eficiente e precisa nos ecossistemas florestais. O estudo foi realizado no distrito de Cheringoma no povoado de Condue, na Concessão da Empresa LevasFlor no Bloco 18. Teve como objectivo ajustar modelos volumétricos e determinar o factor de forma para volume comercial de Brachystegia spiciformis (Messassa) na Concessão da empresa LevasFlor. Para a colecta de dados foi usado o método destrutivo e não destrutivo usando a amostragem por conveniência. Foram selecionadas 55 árvores com Diâmetro Mínimo de Corte (40 cm), antes do abate mediu-se o DAP e depois do abate mediu-se a altura comercial. As mesmas árvores foram cubadas rigorosamente pelo método de Smalian. A cubagem consistiu na divisão dos toros em várias secções de 1m de comprimento nos quais foram medidos os diâmetros da base, diâmetro do topo e comprimento de cada secção para calcular o volume do toro. Das 55 árvores foram seleccionadas aleatoriamente 35 amostras para o ajuste e as restantes 20 amostras para a validação. Foram ajustados quatro modelos, dos quais dois de simples e dois de dupla entrada, usando os parâmetros da avaliação da qualidade de ajuste: o critério de informação akaike, critério de informação bayesiano, erro da estimativa e análise gráfica dos resíduos e no fim foi validado o modelo que apresentou melhores resultados com base no teste de X2. Os resultados mostram que o factor de forma comercial foi de 0,84. O modelo de Takata (DAP2*Hc)/(5236.9+185.2*DAP) e Shummacher-Hall (Vc=0.0008921*DAP1.3375950*Hc1.0144084) tiveram melhores estatísticas, o que determinou a sua selecção para a estimativa de volume comercial de Messassa. Com erro de estimativa absoluto e percentual aceitável (0,2261659 e 14,51462%) e (0,2267705 e 14,55341%), menores valores de critérios de informação AIC e BIC (-1,864772 e 2,801272) e (0,3220816 e 6,543474), respectivamente. A distribuição gráfica dos resíduos mostrou-se com tendência de subestimativa.