ESTRATÉGIAS DE ADAPTAÇÃO DOS AGRICULTORES FACE AS MUDANÇAS CLIMÁTICAS – CASO DE ESTUDO DOS AGRICULTORES DO PERÍMETRO IRRIGADO DE CHÓKWÈ

Abstract

O presente estudo visou a identificação das estratégias de adaptação dos agricultores face as mudanças climáticas no perímetro irrigado de Chókwè, o estudo foi conduzido no Distrito de Chókwè nos sectores Sul e Montante do regadio, num período de 3 meses (Janeiro, Fevereiro e Março). A colheita de dados foi realizada junto aos agricultores, através de administração de um questionário que foi direcionado aos agricultores desta área para o devido fornecimento de informações sobre os impactos e estratégias de adaptação das Mudanças Climáticas. O número de agricultores que participaram no estudo foi de 74, selecionadas através do método de amostragem aleatória estratificada (os estratos foram os dois sectores), com base na fórmula de Pocinho. Apos a recolha dos dados, foram submetidos a um pacote estatístico SPSS versão 23 para o seu devido processamento e interpretação. Os dados indicaram que a maioria (68,9%) acreditam que a temperatura esta cada vez mais alta, 20,3% que a temperatura baixou ao longo dos anos e 10,8% não notaram essas mudanças, 87,8% acreditam que a precipitação baixou muito com o andar dos anos, 1,4% notaram alteração boa na precipitação, a maior parte dos respondentes (32,5%) afirmaram que a incidência de pragas e doenças é o maior impacto das mudanças climáticas, 28,9% o baixo rendimento e 14,9% o stresse hídrico, 7,9% afirmaram que afectam na duração do ciclo da cultura, 4,4% acreditam que isso causa o abortamento das flores e a mesma percentagem diz que as plantas murcham, 3,5% alegaram que as causam um fraco desenvolvimento as culturas e 2,6% que isso causa a má germinação, apenas 0,9% disseram que a semente não emerge. Dentre estes, maior parte (25,1%) dos agricultores usam rotação de cultura como estratégia, 19,7% procuram novas variedades disponíveis no mercado é que sejam sementes certificadas, 17,2% adquirem semente tolerante a seca como estratégia, 16,7 fazem consociação de culturas para fazerem face a este fenómeno, 8,4% recorrem a água do rio em época de escassez, 6,3% usam mulching, 1,7% abriram furos como fonte de água para irrigar, 1,3% aumentam a dosagem de pesticida a usar, o restante (0,8%) buscam água dos charcos ou lagoas e a mesma percentagem usa e aplica motobomba para puxar água e reduzir o intervalo de rega, e por fim a minoria (0,4%) adubam sem muita frequência e usam adubos orgânicos.